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Não tenho mais o rosto que tinha antes.

17:40

Eaí gente, a verdade é que está difícil encontrar tempo para vir aqui. Estou com ausência de tempo para fazer as coisas que eu gosto, inclusive escrever. Hoje temos um texto sobre um título bem interessante de um livro de poesias lançado por algumas garotas do meu colégio, foi realmente maravilhosa a iniciativa delas. Espero que gostem e reflitam, uma viagem dentro de nós é sempre surpreendente.


Fonte: Google imagens




A verdade é que nem sempre fui assim. Já tive cor na alma, mas a vida conseguiu descolorir. Meu olhar já teve o brilho mais intenso, mas as frustrações o levaram longe o bastante para eu não recuperá-lo. Já fui mais aberta a companhias, hoje a solidão é a única companhia que não se ausentou. Antes eu ria menos, mas hoje preciso rir de tudo para não me deixar abater. Ali, indefesa e sonhadora agarrada as minhas bonecas eu me imaginava aqui e agora, e tudo o que se passava na minha mente era que eu estaria muito feliz, pois os meus sonhos se encontravam bem mais perto de mim, hoje não tenho mais tanta certeza. Noites nostálgicas, dias corridos e os sentimentos amontoados em uma pilha que prefiro ignorar a existência. A verdade é que eu aprendi a caminhar sozinha, as pessoas já tiveram muita importância para mim, mas eu nunca soube lidar com partidas então aprendi a não permitir chegadas. O tempo conseguiu desfigurar o meu rosto de criança e com os tropeços comecei a desacreditar em mim. E eu não quero ouvir conselhos e frases feitas quando estou triste, eu quero chorar até não aguentar mais, ou ao menos até alguém que não me compreenderia chegar onde estou. Mudanças ocorreram, muitas coisas aconteceram e o lado bom disso tudo é que eu ainda não desisti de continuar tentando. E quando a tristeza bate eu recorro as palavras, porque eu não as escrevo, mas elas me escrevem o tempo todo. Eu estou sempre tão ocupada, estou sempre buscando respostas para os questionamentos alheios, talvez seja porque achar as respostas das pessoas seja mais fácil do que tentar desvendar o que o destino escreveu nas páginas da minha vida. Sim, não tenho mais o rosto de antes e daqui a algum tempo eu não terei mais este, porém sempre permanecerá em mim essa sede insaciável  de felicidade, porque é ela quem me move e que me dá forças para ser resiliente.


EDIÇÃO: Ana Kelly.

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4lyssonmoura

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